Exportações de carne ultrapassam 4,4 bilhões de reais em março

O BTG Pactual, após analisar os dados de abate do Brasil do quarto trimestre de 2023, enxerga que o mercado do gado está entrando nas etapas finais do “ciclo favorável” para empresas de carne bovina, os frigoríficos.

Para a carne bovina, o abate totalizou 9,2 milhões de cabeças de gado nos últimos três meses do ano passado, um impressionante aumento de 21% na comparação anual e o volume de abate mais alto já registrado no Brasil. No acumulado de 2023, os volumes de abate totalizaram 34,1 milhões de cabeças, próximo do maior volume anual registrado e um aumento de 14% ano a ano.

Ao analisar a média móvel dos últimos 12 meses, o abate de novilhas representou 41,8% do total, o mais alto desde o quarto trimestre de 2014, em uma representação clássica de um ciclo favorável de gado para empresas de carne bovina, isto é, uma combinação de liquidação acelerada de novilhas e uma disponibilidade muito alta de gado pronto para o abate. Segundo o banco, o mercado avícola viu uma desaceleração antecipada na produção de aves nos últimos meses de 2023, com o ano passado sendo um ano de extremos.

2023 começou com volumes recordes de abate de frangos, crescendo 5% ano a ano no primeiro semestre. No entanto, no último trimestre, apenas 1,53 bilhão de cabeças foram abatidas, uma queda de 2,2% na comparação anual e o menor desde o quarto trimestre de 2019.

Em dezembro do ano passado, os volumes caíram 6%.

Na avaliação do BTG, isso é uma resposta a margens de produção mais baixas quando comparamos os preços do frango com os custos de ração, o que também explica a forte recuperação nos preços do frango que temos observado desde o início de 2024. Para eles, esse é um padrão visto durante os picos do ciclo de avicultura e esperam que a produção comece a se recuperar em algum momento nos próximos meses. As informações são do portal “Money Times”.

Vlamir Brandalizze destaca a movimentação de embarques das carnes brasileiras durante o mês de março. Ao todo, em divisas, boi, frango e suíno renderam mais de R$4,4 bilhões para os cofres brasileiros.