Exportações de milho seguem em baixa; embarques devem retomar ritmo em agosto

O Indicador do milho ESALQ/BM&FBovespa vem operando em torno dos R$ 63/saca de 60 kg desde o final de janeiro deste ano. Segundo pesquisadores do Cepea, o suporte segue atrelado às estimativas de menor oferta na temporada 2023/24.

A produção da safra verão deve totalizar 23,41 milhões de toneladas, 14,5% inferior à anterior; para a segunda safra, a queda é projetada em 14,7%, a 87,34 milhões de toneladas, e, para a terceira safra, em 7,6%, a 1,99 milhão de toneladas, conforme dados da Conab.

Nesse cenário, as negociações seguem enfraquecidas tanto no spot quanto para entregas futuras; os vendedores limitam os volumes ofertados, à espera de novas valorizações. Ainda de acordo com pesquisadores do Cepea, o clima quente e seco, especialmente no Centro-Sul do Brasil, tem preocupado produtores, visto que pode prejudicar o desenvolvimento das lavouras e limitar a produtividade, sobretudo da segunda safra.

Vlamir Brandalizze pontua que as eleições na Rússia ajudaram na valorização do petróleo, e, consequentemente, no suporte aos preços das commodities. No Brasil, os portos estão reservando espaço para os embarques da soja. Com isso, as exportações de milho seguem diminuindo o ritmo, e o bom fluxo deve ser retomado apenas a partir de agosto.