A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e a Associação de Extratores de Solvente da Índia (SEA na sigla em inglês), assinaram memorando de entendimento para fortalecer as relações comerciais entre a Índia e o Brasil e facilitar o fornecimento de produtos da cadeia de soja ao país asiático. A celebração do acordo ocorreu no Seminário Internacional – Perspectivas e o Futuro da Índia e Brasil, realizado em Nova Délhi, e contou com a presença do ministro da Agricultura do Brasil, Carlos Fávaro.
O documento prevê que os dois países, por meio de suas associações, realizem:
- reuniões periódicas entre importadores da Índia e exportadores do Brasil;
- promovam a troca de informações sobre produção, capacidade e oportunidades que surjam entre os membros associados;
- fortaleçam as relações entre os dois países com a realização de visitas, workshops e conferências;
- cooperação com o fornecimento, uso e comércio de grãos, óleo e farelo de soja, além de outras oleaginosas, para aumentar o valor agregado dos produtos;
- viabilização de uma plataforma institucional para promoção de parcerias público-privadas e redução de barreiras ao comércio de sementes oleaginosas e seus produtos; e
- promoção do intercâmbio tecnológico para aumentar a produtividade e facilitar a cooperação científica.
A Índia é o maior importador de óleos comestíveis do mundo, com a entrada de cerca de 15 a 16 milhões de toneladas do produto ao ano. O óleo de soja é responsável por cerca de 4 milhões de toneladas deste montante, a maior parte proveniente da América Latina.
Vlamir Brandalizze faz um balanço sobre as movimentações envolvendo o mercado da soja. No Brasil, a nova safra segue com cerca de 60% plantada, reflexo do atraso no plantio em decorrência da instabilidade climática. Essa situação deve gerar queda na produtividade. Estima-se que as perdas estejam entre 5 e 10 milhões de toneladas, fazendo com que a colheita final fique abaixo das 160 milhões de toneladas.
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