O mercado brasileiro de boi gordo encerrou setembro contabilizando um cenário de melhora nos preços em boa parte das praças de comercialização. De acordo com o portal SAFRAS & Mercado, essa recuperação levou em conta um cenário de oferta mais restrito, o que dificultou a composição de escalas de abate mais alongadas por parte dos frigoríficos. Resta saber como o mercado vai reagir ao longo do último trimestre do ano, período que costuma ser pautado por uma boa demanda na ponta compradora, o que pode contribuir para um melhor cenário de preços para a arroba do boi. Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi a prazo foi de R$ 230,00, alta de 17,5% frente aos R$ 200,00 praticados no fechamento de agosto. Já em Uberaba (MG), o preço a prazo foi cotado a R$ 220,00 por arroba, acréscimo de 8,37% frente ao fechamento do mês passado.
Em relação à carne suína, o mês de setembro teve alta tanto do quilo vivo quanto dos principais cortes de carne suína no atacado. Segundo o SAFRAS & Mercado, assim como nos meses anteriores, o período contou com dois cenários distintos, mas dessa vez com evolução consolidada nos preços. Até o dia 20, a reposição entre atacado e varejo evoluiu bem, o que acabou favorecendo os preços dos cortes. Os frigoríficos também atuaram de maneira ativa nas negociações do vivo, enquanto os suinocultores apontavam oferta equilibrada. Isso ajudou no avanço das cotações da carne suína.
Vlamir Brandalizze faz um balanços sobre o mercado das carnes, com destaque para o bovino, que se encontra com uma menor oferta de animais, enquanto os frigoríficos buscam por reposição. Esse fator tem pressionado para cima as cotações. A carne de frango segue com domínio nas exportações, com mais de 373 mil toneladas embarcadas em setembro. Já a carne suína segue com seu crescimento exponencial ano a ano nos embarques. O movimento pode fazer do Brasil, em breve, o maior exportador mundial da categoria.
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