A última segunda-feira (28) animou os produtores que viram mais compradores buscando ofertas de feijão. O preço do carioca nota 9, sendo aqueles que escurecem mais lentamente, ficou em torno de R$ 210/220 na base de Minas. Já no Mato Grosso, começaram a ofertar aos produtores entre R$ 180/190, o que equivale a cerca de R$ 200/210 em Goiás. A maioria dos produtores goianos não está disposta a aceitar esses valores. Por isso, o que foi reportado para feijões de escurecimento lento chegou a R$ 200, valor mínimo aceito. Para todos os produtores que precisarem vender nos próximos 20 dias, o momento atual é o aconselhável para venda, de acordo com o IBRAFE. Durante a última semana de agosto, existe a possibilidade de que um bom volume de feijão seja negociado nas fontes, para venda nas gôndolas até o dia 10 de setembro.
Ainda de acordo com o IBRAFE, a melhor solução para auxiliar os produtores de feijão neste momento de baixa seria uma linha de EGF (Empréstimo do Governo Federal). Nela, o produtor colocaria o feijão como garantia em uma linha de crédito para saldar daqui a 180 dias aproximadamente. No cenário atual, todo o feijão colhido agora e não comercializado será carregado com juros na conta do produtor. Isso torna a cultura pouco atrativa para o próximo ano.
Vlamir Brandalizze faz um balanço sobre o mercado do feijão no Brasil, ainda pouco atrativo aos produtores. Segundo o analista, contudo, o pior momento caminha para o fim. A tendência é que nas próximas semanas haja uma menor quantidade de feijão entrando no mercado, o que pode dar maior fôlego e melhorar as cotações para o grão.
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