A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (FAESC), juntamente com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniram com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, para discutirem a importação de leite no Brasil. O aumento constante das importações tem preocupado o mercado no país. As importações brasileiras de lácteos de janeiro a maio de 2023 tiveram acréscimo de 212%, principalmente de países do Mercosul. Esse movimento, além de tornar os preços menos competitivos, tem feito produtores abandonarem o setor.
Quanto a situação é vista sob a ótica do pequeno produtor, as lideranças leiteiras temem até mesmo uma nova onda de êxodo rural. Em Santa Catarina, por exemplo, a base produtiva de pecuária leiteira estaria, hoje, com apenas 20 mil produtores de leite. O número já ultrapassou os 75 mil antes da pandemia.
A FAESC e a CNA propuseram ao MDA, de acordo com o portal “Milkpoint” uma política de apoio ao setor que inclua medidas articuladas entre os governos da União e dos Estados para estimular, simultaneamente, a produção e o consumo, abrangendo a redução da tributação, EGF (empréstimos do Governo Federal) para o leite, combate às fraudes, criação de mercado futuro para as principais commodities lácteas, manutenção de medidas antidumping e consolidação da tarifa externa comum em 35% para leite em pó e queijo.
Outras medidas incluem aquisição subsidiada de tanques de resfriamento e outros equipamentos para pequenos e médios produtores, o uso obrigatório de leite e derivados de origem nacional em programas sociais.
Diante desse cenário, vamos seguir com a série sobre o “Leite Futuro”, de realização do portal “Milkpoint”. Os especialistas Marcelo Carvalho, Caio Vianna, presidente da CCGL, Paulo do Carmo Martins e Ricardo Cotta Ferreira, depois de apontarem os motivos que impedem o Brasil de ser um dos grandes exportadores de lácteos do mundo, falam hoje sobre o balanço entre exportar e proteger o mercado nacional.
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