Derivados LÁCTEOS registram pequena valorização em março, mas custo aumenta fortemente
Num outro extremo, a alimentação registrou deflação. O grupo Minerais acumulou queda de preços, o mesmo ocorrendo com os grupos Volumosos e Concentrado.
De acordo com o boletim de preços do CILeite (Centro de Inteligência do Leite) da Embrapa os preços dos derivados lácteos no mercado atacadista registraram pequena valorização ao longo de março, apesar dos relatos de venda e consumo ainda fracos. A elevação está relacionada ao período de entressafra, que reduz a oferta de leite. O mercado de leite UHT puxou a valorização. A cotação do leite no mercado Spot registrou elevação na segunda quinzena de março e também no início de abril, ilustrando a menor disponibilidade de leite no campo. Já o queijo muçarela e o leite em pó tiveram desempenho mais modesto, sentido a concorrência do produto importado. As importações nos dois primeiros meses do ano atingiram uma média de 150 milhões de litros equivalentes por mês.
As sinalizações do Conseleite para o pagamento do leite entregue em março indicam queda nos preços. O mercado lácteo relativamente mais fraco na primeira quinzena de março, inclusive com queda no leite Spot, contribuiu para este resultado. O maior recuo foi observado no Conseleite do Paraná.
O custo de produção de leite cresceu em março.
Após uma queda no custo de produção de leite em fevereiro, o mês de março fechou em ligeira elevação de 0,2%. Mas, em 2023, a inflação de custos acumulada nos dois primeiros meses do ano está em 1,4%, enquanto a variação anual de custos de produção de leite registrou uma deflação de -3,5%.
O custo do grupo Mão de obra registrou expressiva elevação de 4,6%, puxado pela elevação do custo da mão de obra variável, ou seja, os diaristas, que cresceu 25% em apenas um mês. Este grupo tem peso significativo na composição do índice final, e impactou sobremaneira o cálculo final da inflação de custos.
Também ocorreu elevação no grupo Energia e combustível, de 1,6%, dada a elevação do preço da gasolina nos postos.
Os grupos Sanidade e reprodução e Qualidade do leite também pressionaram a inflação ao produtor de em março.
Num outro extremo, os grupos relacionados à alimentação do rebanho continuaram mantendo a tendência de queda.
O grupo Minerais registrou variação expressiva de -6,3% somente em março. Também os grupos Volumosos e Concentrado tiveram quedas expressivas de preços. Respectivamente, registraram -1,9% e -0,7%.
Segundo relatório mensal do ICPLeite (Índice de Custo de Produção de Leite da Embrapa Gado de Leite) o primeiro trimestre do ano fechou com elevação acumulada no custo de produção de 1,4%.
O Custo do grupo Mão de obra subiu 10,9%, seguido pela Qualidade do leite, que acumulou 9,2% de alta. Foram elevações percentuais expressivas para um período de apenas três meses.
Dois outros grupos também contribuíram para a elevação do custo: Energia e combustível e Sanidade e reprodução. Mas, com menor impacto, registraram elevação de 2,2% e 1,0%, respectivamente.
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