Trigo se agarra num possível déficit de 5 milhões de toneladas para atender a demanda mundial
O mercado tenta se sustentar agarrado numa diferença de 5 milhões de toneladas entre oferta e demanda. O consultor Vlamir Brandalizze analisa a situação atual do trigo no Brasil e no mundo.
Exportadores dos Estados Unidos reportaram vendas de 266,7 mil toneladas de trigo para a safra 2022/23 na semana encerrada em 2 de março, informou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) nesta quinta-feira (09), segundo o Broadcast Agro. As vendas ficaram 6% abaixo da semana anterior, mas 11% acima da média das quatro semanas anteriores.
Os principais compradores foram China (137 mil t), Coreia do Sul (87 mil t), Filipinas (77,3 mil t), Taiwan (49 mil t) e Tunísia (27,1 mil t), que compensaram os cancelamentos feitos por destinos não revelados (173 mil t).
Para a temporada 2023/24 foram relatadas vendas de 70 mil toneladas. Os compradores foram México (41 mil t), Tailândia (28,5 mil t) e Colômbia (500 t).
A soma das vendas ficou dentro da previsão de analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que esperavam volume entre 150 mil e 500 mil toneladas na semana. Os embarques somaram 377,1 mil toneladas, 38% abaixo da semana anterior e 24% abaixo da média das quatro semanas anteriores.
Abitrigo se reúne com comitiva do governo australiano para discussão de negócios do trigo no Brasil
Grupo do país da Oceania estuda novas oportunidades de negociações com o setor moageiro brasileiro
Na manhã do dia 09 de março, a Associação Brasileira da Indústria do Trigo – Abitrigo recebeu a visita de representantes do governo da Austrália para troca de informações sobre o mercado brasileiro de trigo, como forma de analisar as oportunidades de negociação do cereal entre o Brasil e os traders australianos num futuro próximo.
O Presidente-Executivo da Abitrigo, Rubens Barbosa, liderou a conversa com representantes do agronegócio do Ministério de Agricultura da Austrália e da embaixada e consulado desse país, que tem projeções de produzir, aproximadamente, 40 milhões de toneladas do cereal na safra 2022/23. Atualmente, a principal região importadora do trigo australiano é o sudeste asiático.
“A Abitrigo é favorável à multiplicidade de opções de fornecedores de trigo aos moinhos brasileiros. Os representantes do governo australiano com quem nos reunimos informaram que seu pais está em negociação com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) para discutir um protocolo de cooperação com vistas a ampliar as perspectivas de negócios do país com o Brasil, entre outros, no que se refere ao trigo”, afirma Barbosa.
A Austrália já está presente no agronegócio brasileiro, sendo uma das exportadoras de cevada para o País. “Caso se garantam condições econômicas e qualidade neste cenário, o trigo australiano será muito bem-vindo ao Brasil”, conclui o Presidente-Executivo.
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