CAFÉ dispara com quase 6% de alta em Nova York na primeira sessão da semana
No nosso café com prosa de hoje, o economista HAROLDO BONFÁ, da Pharos Consultoria, analisa as informações e fala sobre essa alta repentina dos preços.
Que o mercado de café sempre surpreende, isso já sabemos. Mas a oscilação instantânea ocorrida nesta segunda-feira (12) pegou de surpresa até os mais otimistas. A cotação do arábica na ICE, bolsa de Nova York, teve uma alta de quase 6%. Os dados a serem divulgados no 4º levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), segundo informações extraoficiais, apresentarão uma estimativa de safra bem abaixo do que outros setores do mercado esperam. Isso está pressionando os preços para cima.
Outro fator.
Nesta segunda-feira, foram divulgados os dados do relatório estatístico mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), com os embarques nacionais do produto totalizando 3,673 milhões de sacas de 60 kg em novembro, volume que implica crescimento de 14,2% em relação aos 3,216 milhões remetidos ao exterior no mesmo mês de 2021.
A receita cambial saltou 39,9% no mesmo intervalo comparativo, saindo de US$ 632,5 milhões para os atuais US$ 885,2 milhões, recorde histórico para novembro.
Segundo o Cecafé, com esse desempenho as exportações de café do Brasil no acumulado dos cinco primeiros meses do ano safra 2022/23, sobem para 16,051 milhões de sacas, tornando-se positivas em 1,7% frente aos 15,784 milhões enviados ao exterior entre julho e o fim de novembro do ciclo antecedente.
Quando se analisa os ingressos financeiros obtidos com os embarques, observa-se o segundo melhor desempenho da história, atrás apenas do mesmo período da temporada 2011/12, com a receita chegando a US$ 3,847 bilhões e apresentando incremento de 43,6% ante idêntico intervalo anterior.
Em nota, Günter Häusler, presidente do Cecafé, avalia que a alta ocorrida reflete um consumo global que permanece aquecido e a busca dos grandes importadores pelos cafés do Brasil, apesar dos entraves que continuam a impactar o comércio marítimo mundial.
De janeiro ao fim de novembro deste ano, o Brasil exportou 36,057 milhões de sacas, com queda anual de 1,8%.
A receita cambial, de US$ 8,504 bilhões, é recorde histórico para o intervalo, registra substancial crescimento de 55,1% em relação aos US$ 5,483 bilhões obtidos em mesmo intervalo de 2021 e já supera, inclusive, os ingressos totais alcançados em todo o ano passado.
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