Produtores de CAFÉ devem ficar atentos ao clima, guerra, e eleições
O economista Haroldo Bonfá, da Pharos Consultoria, diz que o mercado do CAFÉ na semana de fim de maio e início de junho foi bem atípica.
As pesquisadoras Mirian Perez Maluf, da Embrapa Café, e Maria Bernadete Silvarolla, do Instituto Agronômico (IAC), desenvolveram uma metodologia que permite a identificação de cafezeiros com baixos índices de cafeína. O método, que teve a patente reconhecida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), identifica na planta do café arábica a mutação do gene relacionado à enzima que sintetiza a substância.
O trabalho envolveu a identificação de cafés “mutantes”, naturalmente descafeinados e, a realização dos cruzamentos entre esses materiais e pés de café com alta capacidade de cultivo. A cada nova geração de sementes foi realizada uma seleção daquelas com as características desejadas, com baixos índices da substância e grande produtividade.
De acordo com o Consórcio Pesquisa Café as pesquisadoras ressaltam que a descoberta permite que o nicho de produtos descafeinados possa ser mais explorado. Cerca de 10% dos consumidores de café no mundo costumam consumir esse tipo da bebida, no Brasil esse público é de apenas 1%. Mirian Perez coloca o método como um avanço importante para o mercado: “ A inovação trará benefícios à cafeicultura, à agroindústria ligada ao café e aos consumidores,” avalia a pesquisadora da Embrapa.
Não é a primeira vez que o Brasil é pioneiro nas descobertas relacionadas a baixos índices de cafeína. Em 2005, uma equipe de cientistas brasileiros, Maria Bernadete Silvarolla entre eles, descobriram uma planta descafeinada, mutação da espécie arábica, que possuía 0,06% de cafeína, ou seja, 20 vezes menos do que as variedades comerciais. Na época, não era clara a viabilidade de uma plantação inteira com essa característica, o que pode ser possível agora com a nova descoberta.
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