Demanda de ARROZ para 2022 é de boa expectativa em razão dos auxílios do governo
Vlamir Brandalizze diz que este ano de 2021 foi um dos piores para o produtor de arroz, pois a relação de troca com outras commodities está bem desfavorável e demanda esteve enfraquecida. Para 2022 expectativa de demanda é boa em razão dos auxílios do governo, devendo ajudar no giro ao setor. Safra Será menor em área, mas lavouras estão boas.
Segundo o site Agrolink, 2022 deve ser um ano positivo para o arroz brasileiro no mercado externo, mesmo com a tendência de que as dificuldades com os fretes marítimos persistam no primeiro semestre, projeta Gustavo Trevisan, diretor de Assuntos Internacionais da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz). “Teremos disponibilidade de matéria-prima, e o câmbio deve seguir favorável às exportações.”
A safra de arroz 2021/22 é estimada pelo Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 11,4 milhões de toneladas, a ser colhida em uma área de 1.678,7 mil hectares. Segundo a empresa estatal, as exportações devem somar pelo menos 1,4 milhão de t (base casca) em 2022, aproximando-se do volume embarcado em 2019, de 1,43 milhão de t.
Ele acrescente que 2021 foi marcado pelo ritmo lento das exportações. “Mas, hoje, estamos em melhor condição competitiva. O principal gargalo, que tem travado um pouco a liquidez dos negócios, são as dificuldades logísticas, mas encontramos alternativas para atender os mercados, como o uso de sacos big bag, que armazenam cerca de mil quilos de arroz, em substituição aos contêineres”.
Trevisan também aponta os problemas logísticos como o maior entrave ao fluxo das exportações de arroz em 2021. De acordo com ele, a falta de navios e contêineres elevou exponencialmente o preço do frete. “Para o Peru, um dos principais destinos do nosso arroz, o valor do frete saltou de US$ 1 mil para US$ 7,5 mil, e para os Estados Unidos, de US$ 1,5 mil para US$ 9 mil.”
No entanto, as adversidades abriram nova possibilidade de escoamento de arroz. “Diante das dificuldades de acesso aos equipamentos logísticos, o Brasil construiu uma alternativa e talvez não seja mais tão dependente de contêineres quando a situação se normalizar. Aliás, somos pioneiros no uso de big bag a para exportação de arroz”, ressalta Tiago Barata. “Sem dúvida, vamos sair mais fortes dessa situação.”
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