Técnicas de ACASALAMENTO em GADO de CORTE
O manejo reprodutivo é um fator diretamente relacionado com a produtividade da pecuária. Pensando mais especificamente em bovinocultura de corte, a produção de bezerros pode ser o gargalo da atividade, pois tanto o baixo número de bezerros nascidos por estação quanto o nascimento de bezerros fracos ou de baixo peso comprometem todo o processo de produção de carne que vem a seguir. Confira episódio do programa Prosa Rural da Embrapa sobre o assunto.
Como primeira estratégia de manejo reprodutivo recomenda-se o uso de estação de monta, que no Brasil, o melhor momento, é no início das chuvas, pois os pastos são fartos e de boa qualidade, sendo interessante para as vacas estabelecerem uma nova gestação e que precisam de uma boa nutrição no pós parto. Já com os nascimentos acontecendo no período seco, a vantagem é a baixa incidência de doenças, como a pneumonia, e nesse período é menor o ataque de carrapatos, vermes e moscas. Dessa forma, o período de acasalamentos fica concentrado em determinado período do ano, assim como os manejos subsequentes como partos, vacinações, vermifugações, entrada de lotes em confinamento, venda e aquisição de animais, e assim por diante.
A pesquisadora da Embrapa Gado de Corte, Alessandra Nicácio, conversou com a jornalista do Prosa Rural da Embrapa, Eliana César, sobre quais os cuidados que se deve ter com os touros e as vacas na monta natural.
O mais importante quando se define a estratégia de acasalamento a ser utilizada é ter consciência de que quanto mais elevado o nível tecnológico a ser adotado, melhor devem ser os animais tanto em desempenho quanto em potencial genético. Além disso, deve ser priorizado o início da estação para utilização da tecnologia mais avançada, sendo as estratégias de menor grau tecnológico utilizadas mais no final da estação, portanto, com animais que já tiveram mais chances de acasalamento e/ou de menor fertilidade. Resumindo, a IATF deve ser utilizada no início da estação de monta, com o repasse podendo ser feito com novo protocolo de IATF (inseminação artificial em tempo fixo), inseminação artificial com observação de cio ou mesmo com Monta Natural. Além disso, a estratégia não precisa ser a mesma para todos os animais. Sempre priorize a ferramenta mais tecnológica e de maior custo para os melhores animais.
Para ter um bom desempenho na cria, além dos aspectos relacionados à fêmea (monitorar a condição corporal das fêmeas, ajustar o manejo nutricional, descartar as fêmeas vazias), deve-se considerar outro aspecto importante que é a seleção dos reprodutores. Esta seleção precisa ser baseada na avaliação genética e no tipo de reprodução que será adotada: Monta Natural ou Inseminação Artificial.
Diante dessas variáveis, torna-se um desafio escolher qual técnica reprodutiva adotar e a decisão acaba sendo tomada de forma empírica ou baseada somente nos aspectos técnicos, sem considerar os econômicos.
Neste contexto, o Aplicativo Cria Certo foi desenvolvido para auxiliar o produtor em questões similares, como explica a médica-veterinária, pesquisadora em pecuária de precisão e georreferenciamento, Thaís Basso Amaral.
Claudia Queiroz Sentinelo da região de Bandeirantes, Mato Grosso do Sul fala sobre como eles escolhem o sistema de cria na fazenda.
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