22-03 - café
Análise de Mercado Café

CAFÉ tem semana de volatividade e chuvas recentes devem beneficiar as lavouras

CAFÉ tem semana de volatividade e chuvas recentes devem beneficiar as lavouras

De acordo com o agente autônomo de investimentos, João Santaella Neto, o Joãozinho Grafista, a última semana para o café foi de volatividade e chuvas recentes devem beneficiar as lavouras. Ele fala sobre as perspectivas para o setor e diz que Brasil está embarcando bem, porém, abaixo do mês de janeiro. Além disso, queda de infecção por COVID-19 nos EUA e novo lockdown na Europa influenciam mercado.

Em 2020, eventos climáticos adversos afetaram grande parte das lavouras de café de Minas Gerais, reduzindo as projeções de safra para este ano. A Emater-MG e o Sistema Faemg/Senar/Inaes (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais) realizaram uma pesquisa, em vários municípios produtores, para verificar os impactos nos cafezais. Os dados obtidos foram consolidados no relatório Levantamento da Estimativa de Perdas na Cafeicultura por Intempéries Climáticas em Minas Gerais.

O trabalho estima que 193 mil hectares de área cultivada com café foram atingidos no estado e poderá haver uma redução de safra de 20,7%, em 2021. Ao considerar o efeito da bienalidade negativa, que em média já proporciona normalmente uma queda aproximada de 20% entre uma safra e outra, a estimativa percentual de perda para este ano se eleva para 40,7%. Além disso, avalia-se que aproximadamente 15 mil cafeicultores tiveram as lavouras afetadas pelas intempéries climáticas, especialmente pelo déficit hídrico.

As informações foram coletadas junto a produtores, cooperativas e entidades representativas do setor. O levantamento obteve respostas em 322 municípios produtores de café e foram agrupados em 4 macrorregiões: Sul de Minas, Chapada de Minas, Matas de Minas e Cerrado Mineiro.

Da amostra, 218 municípios relataram a ocorrência de alguma intempérie climática no período de julho a novembro de 2020, mas em alguns municípios ocorreu mais de um fenômeno climático. “No ano passado, de agosto a outubro, praticamente não choveu nada. A planta busca água no solo para se manter e desenvolver, por isso a seca foi o que mais afetou os cafezais mineiros”, comenta o coordenador técnico de Cafeicultura da Emater-MG, Julian Carvalho, um dos responsáveis pelo estudo. O déficit hídrico atingiu 55,9% dos municípios e as altas temperaturas médias, 42,5%. Também foi observada a ocorrência de granizo (9,3%) em 30 municípios.

Em Minas Gerais, Em 65,2% dos municípios produtores de café da pesquisa, os produtores tiveram suas lavouras afetadas, sendo que em 20,8% dos municípios consultados, mais de 150 produtores em cada município tiveram suas lavouras atingidas. A ocorrência da seca traz expectativa de redução na produção da safra 2021, podendo interferir, também, em safras futuras.

 

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