19-03 - momento zootecnica abelhas
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CRIAÇÃO DE ABELHAS AFRICANIZADAS: Dr Zoopet explica e dá dicas

CRIAÇÃO DE ABELHAS AFRICANIZADAS: Dr Zoopet explica e dá dicas

No momento zootecnica, o Dr. Zoopet (Professor Guilherme Carvalho), explica e dá dicas importantes para o apicultor sobre a criação de abelhas africanizadas.

Quando se fala em abelhas, nem sempre se considera a enorme diversidade desses insetos – no imaginário de muitas pessoas, é como se houvesse uma única espécie. De fato, quase todo o mel que consumimos, por exemplo, vem das abelhas africanizadas (Apis mellifera), que resultam do cruzamento de raças europeias e africanas. Existem, porém, cerca de 20 mil espécies diferentes no mundo. Só o Brasil possui mais de 300 espécies de abelhas — a grande maioria, ao contrário das africanizadas, com o ferrão atrofiado. De acordo com o É a maior diversidade no mundo desse tipo de abelha.

Aos poucos, as abelhas sem ferrão do Brasil vêm tendo sua importância reconhecida. Cultivos agrícolas com alto valor econômico dependem desses insetos. E a criação ajuda na conservação: os meliponicultores (criadores de abelhas sem ferrão) costumam preservar ecossistemas locais e restaurar áreas para subsidiar a atividade, já que as abelhas nativas brasileiras dependem de um habitat saudável para se reproduzir.

Os produtos das abelhas brasileiras – mel, própolis, pólen, cera e geleia real – são conhecidos há séculos. Relatos escritos em 1577 por Hans Staden, que viveu entre os Tupinambá no litoral paulista, mencionam três abelhas nativas usadas pelos indígenas para uso medicinal e na alimentação.

A apicultura e a meliponicultura são atividades capazes de causar impactos positivos tanto sociais quanto econômicos, além de contribuir para a manutenção e a preservação dos ecossistemas. A cadeia produtiva da apicultura propicia a geração de inúmeros postos de trabalho, empregos e fluxo de renda, principalmente no ambiente da agricultura familiar, sendo determinante para a melhoria da qualidade de vida e a fixação do homem no meio rural. O seu valor ambiental é caracterizado pela interdependência da vegetação (nativa e cultivada) com a biodiversidade de polinizadores.

Apesar de o Brasil ser um país de dimensões continentais, poucas espécies são exploradas comercialmente e a maioria dos produtores são de pequeno porte.

A abelha africanizada foi criada e introduzida pela primeira vez no Brasil na década de 1950, em um esforço para aumentar a produção de mel, mas em 1957, 26 enxames escaparam acidentalmente da quarentena. Desde então, a nova espécie híbrida se espalhou por toda a América do Sul e chegou à América do Norte em 1985.

As abelhas africanizadas geralmente são muito mais defensivas que as outras espécies de abelha e reagem a perturbações muito mais rapidamente do que as abelhas ocidentais. Elas podem perseguir uma pessoa a mais de 400 metros, e já mataram cerca de 1000 pessoas, as vitimas geralmente recebem dez vezes mais picadas que nos ataques de abelhas europeias. Elas também já foram responsáveis por matarem cavalos e outros animais.

Existem 28 subespécies reconhecidas de Apis mellifera com variações em grande parte por bases geográficas. Todas as subespécies são férteis. O isolamento geográfico levou a inúmeras adaptações locais, essas adaptações incluem ciclos de ninhada sincronizados com o período de floração da flora local, formação de aglomerados de inverno em climas mais frios, migração do enxame (na África), comportamento diferenciado em áreas desérticas e inúmeros outros traços hereditários.

 

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