29-01 - fundo pro peqiu
Agricultura e Sustentabilidade Agronegócio

MG libera recursos do Fundo Pró-Pequi para pesquisar a alta mortalidade de pequizeiros no Estado

MG libera recursos do Fundo Pró-Pequi para pesquisar a alta mortalidade de pequizeiros no Estado

O Governo de Minas liberou R$ 497,5 mil do Fundo Pró-Pequi para o desenvolvimento de pesquisas sobre o alto índice de mortalidade de pequizeiros, no Norte do estado. Em algumas regiões, a mortalidade alcança 60% das plantas, comprometendo a competitividade e a sustentabilidade do arranjo produtivo, que é estratégico para o sustento das famílias e a economia local.

O pequi é o principal produto florestal não madeireiro extraído do Cerrado. Com mais de 3 milhões de plantas produtivas, Minas Gerais responde por 70% da produção nacional do fruto. Em 2019, o volume estadual alcançou pouco mais de 203 mil toneladas.

A comercialização do pequi e seus produtos corresponde a uma parcela significativa do PIB de alguns municípios da região, envolvendo mais de 15 mil famílias extrativistas, que têm na atividade sua principal fonte de emprego e renda.

Um exemplo é o município de Japonvar, onde o extrativismo do pequi faz parte da cultura e da economia local. De acordo com levantamentos da Emater-MG, o município possui quase 2 mil catadores e mais de 160 mil pequizeiros, com a exploração de quase todas as árvores.

Segundo o subsecretário de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural Sustentável da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Ricardo Peres Demicheli, o Programa Mineiro de Incentivo ao Cultivo, à Extração, ao Consumo, à Comercialização e à Transformação do Pequi e Demais Frutos e Produtos Nativos do Cerrado (Pró-Pequi) é uma das principais políticas públicas do Governo de Minas, voltada para a sustentabilidade das espécies nativas do Cerrado.

“O programa possui um fundo constituído pelos recursos arrecadados com a derrubada legal de pequizeiros que é direcionado aos projetos de assistência técnica, pesquisa, e ao incentivo da cadeia extrativista. É um instrumento que incentiva o extrativismo, dentro de uma perspectiva de longo prazo e de sustentabilidade”, destaca o subsecretário Demicheli, que também é presidente do Conselho Pró-Pequi.

Coordenado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), o projeto “Causas bióticas e abióticas da mortalidade dos pequizeiros no Norte de Minas e estratégias de manejo, manutenção da diversidade e da qualidade” vai ser executado a partir deste ano, em parceria com a Emater-MG, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

“O pequi é uma planta protegida por lei, está em áreas igualmente protegidas, não sendo possível o uso de defensivos. “A Epamig e as instituições parceiras foram chamadas para dar uma resposta à questão da mortalidade das plantas, que é alta e rápida. Esse recurso vem subsidiar e fortalecer as ações de pesquisa na apresentação de respostas que atendam às demandas da cadeia produtiva”, afirma Demicheli.

 

Se preferir ouça em nosso PodCast no Soundcloud, Spotify, Tunein, Deezer, iTunes, dentre vários outros. Basta pesquisar por Paracatu Rural.

A reprodução completa ou parcial do conteúdo é permitida mediante citação da fonte: “ParacatuRural.com”


Descubra mais sobre Paracatu Rural

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Deixe uma resposta