CONAB prevê queda na produção do CAFÉ – Agente autônomo de investimentos comenta
Joãozinho Grafista, agente autônomo de investimentos, fala sobre queda na produção do café estimada no 1º Levantamento da Safra 2021, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Minas Gerais pode colher uma safra de café até 43% menor este ano.
https://youtu.be/GNAyZ9DbdUE
Minas pode colher uma safra de café até 43% menor este ano. É o que revela o 1º Levantamento da Safra 2021 de café, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na última quinta-feira (21). Ainda segundo o estudo, o Sul de Minas deve amargar perdas entre 43 e 47%, em relação ao ano anterior.
O vice-presidente do Sistema FAEMG e presidente das Comissões de Cafeicultura da entidade e da CNA, Breno Mesquita, confirma que os números batem com a percepção do setor produtivo. “Já vínhamos alertando para este cenário desde o ano passado. Além da bienalidade negativa, tivemos graves problemas climáticos em 2020, que já nos sinalizavam uma perda preocupante para a safra atual. Os percentuais levantados pela Conab são bastante similares aos que temos recebido de feedback dos produtores e cooperativas”.
Minas Gerais responde por quase metade de toda a produção nacional, e deve alcançar entre 19,8 milhões e 22,1 milhões de sacas (redução de 42,8% em relação ao último ano). A perda mineira pode ser percentualmente maior que a média de outros estados, pela predominância do café arábica, que sofre maior influência da bienalidade negativa. Mas as perdas apontadas pela Conab são igualmente preocupantes para todo o país: o documento estima uma produção nacional total – somados conilon e arábica -, entre 43,8 milhões e 49,5 milhões de sacas, indicando uma redução entre 30,5% e 21,4%, em comparação ao resultado apresentado na safra passada.
“É uma perda muito significativa e que nos preocupa muito, porque esses reflexos do clima provavelmente impactarão também a safra seguinte, de 2022. Precisaremos criar dispositivos para que o cafeicultor brasileiro tenha condições de ultrapassar esse momento. Desde o ano passado temos trabalhado nessa busca por recursos, linhas de crédito e instrumentos de renda para o produtor. Já conseguimos o aporte de 150 milhões para a recuperação de cafezais danificados, que estão disponíveis aos produtores e serão essenciais para dar fôlego à cafeicultura brasileira”. – conclui Breno Mesquita.
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