Principais pragas e doenças que atingem o Maracujazeiro

Retrospectiva 2020 – Julho

4º Episódio da série sobre o MANEJO DO MARACUJAZEIRO

O controle das pragas do maracujazeiro requer uma série de cuidados, que devem começar antes do plantio.

Quanto às pragas, dois grupos de insetos apresentam maior importância no cultivo do maracujá, sendo o primeiro grupo: as lagartas desfolhadoras, que posteriormente se transformam em borboletas; e o segundo grupo: os percevejos.

Aqui no Cerrado, uma das espécies de lagartas (D. juno Juno) é mais freqüente se apresentar entre fevereiro e março, mas, no Estado de São Paulo, por exemplo, pode apresentar 02 picos populacionais, sendo um em julho e outro em dezembro. Já outra espécie de lagarta (a A. vanillae vanillae)  ocorre de janeiro a maio. Quanto aos percevejos, as maiores populações são verificadas de dezembro a maio.

As lagartas alimentam-se das folhas, tanto na fase de mudas quanto em plantações comerciais a campo, acarretando diminuição da eficiência fotossintética das plantas e redução em produtividade. Lagartas pequenas raspam as folhas e provocam pequenos orifícios. Quando atingem o tamanho máximo, podem provocar desfolha completa, ocasionando, em algumas situações, a morte das plantas.

Já quanto às doenças, as principais no tipo azedo ou doce são: Bacteriose ou mancha-oleosa; e as que são causadas por fungo: Antracnose; Verrugose; Murcha ou fusariose; e Podridão das raízes.

Cada doença possui condições ótimas para seu maior desenvolvimento, entretanto, durante os períodos do ano com maior intensidade de chuvas e de umidade do ar elevada, os danos são mais severos, exigindo maiores cuidados pelos produtores. Plantios feitos durante a estação das chuvas são mais afetados por doenças e pragas, e exigem maiores cuidados, demandando a aplicação de agrotóxicos. No Brasil, na maioria das regiões produtoras de maracujá, o período mais adequado para efetuar os plantios vai de maio a setembro (período de menos chuvas no ano). Nesse caso, a irrigação das mudas recém-plantadas é necessária, pelo menos até atingirem o fio de arame.

O pesquisador da Embrapa Fábio Gelape Faleiro, na continuação da série técnica sobre a manejo do Maracujazeiro, explica neste episódio sobre as principais pragas e doenças.

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